A unidade de coloproctologia visa atender homens e mulheres com doenças clínico-cirúrgicas do ânus, reto e cólons. Atua na avaliação, prevenção e diagnóstico precoce das mais diversas patologias coloproctológicas.

Doenças Tratadas na Unidade de Coloproctologia

O abcesso anal é a formação de uma cavidade repleta de pus na pele ao redor do ânus. O paciente sente mais ao evacuar e ao sentar. Pode haver o aparecimento de um caroço doloroso, sangramento ou eliminação de secreção amarelada.
Causas: infecção bacteriana, geralmente, devido à obstrução de glândulas que produzem o muco da região anal, facilitando a instalação de bactérias. Algumas das condições de risco são:
Doença inflamatória intestinal
Hidradenite supurativa
Infecções do reto
Fissura anal
Câncer anorretal
Cirurgia da região anorretal, como hemorroidectomia, episiotomia ou prostatectomia
Tratamento
Dependendo do tamanho e localização do abscesso, a cirurgia de drenagem pode ser feita com anestesia superficial, como a local, ou profunda, como a geral ou a peridural. Nos abscessos grandes, pode ser necessário deixar um dreno por alguns dias no local.

Inflamação que acomete a pele e o tecido subcutâneo da região interglútea, a uns cinco a oito centímetros do ânus. O termo pilonidal tem origem no Latim e significa ninho de pelos. Costuma surgir mais em homens entre 15 e 30 anos de idade.

Causas

As causas são desconhecidas, mas entre os motivos mais aceitos na comunidade médica, estão: atrito do pelos com pressão e calor, mudanças hormonais na puberdade com alteração nas glândulas sebáceas e até traumas locais que fariam o pelo crescer para dentro.

Sintomas 

– dor ou desconforto na região

– aumento de volume com a formação de um nódulo, associado a calor e vermelhidão local

– saída de secreção mal cheirosa

Tratamento

Depende da fase em que o cisto se encontra, podendo ser drenagem, uso de antibióticos e até cirúrgico.

Denomina-se constipação nos casos de evacuação a cada 3 ou mais dias ou fezes ressequidas de difícil eliminação. A situação é bem desconfortável e pode ser acompanhada de cólicas abdominais. É muito mais frequente em mulheres e na grande maioria é uma situação crônica.

Causas:  pouco consumo de água e fibras, interrupção da rotina e/ou dieta, sedentarismo, estresse, uso de alguns medicamentos, entre outras causas.

Tratamento: na maioria das vezes, basta fazer mudanças na alimentação e estilo de vida. Porém, há situações mais sérias que precisam de intervenção médica para tratamento com medicamentos ou até procedimentos cirúrgicos.

Vale alertar que o aparecimento de constipação intestinal em indivíduo que antes não apresentava esse problema, ou dor anal, sangramentos, tem indicação formal de avaliação médica. Essas situações podem ser causadas por doenças do intestino, necessitam ser investigadas e tratadas. Fique atento!

Diarreia é o aumento do volume das fezes, diminuição na consistência ou aumento de aquosidade e/ou aumento da frequência das evacuações. Ela pode ser:
Diarreia aguda – geralmente causada por vírus, bactérias ou parasitas; alimentos contaminados, alimentos com grande quantidade de fibras, café, chás, refrigerantes, leite e seus derivados, chocolate; medicações como antiácidos, laxantes; ingestão de açúcares não absorvíveis; isquemia intestinal; impactação fecal; inflamação pélvica.
Diarreia crônica – é causada por doenças inflamatórias do intestino, cânceres intestinais, alterações da imunidade como AIDS, alergias alimentares.
Diagnóstico
Avaliação da história clínica e exame físico do paciente. No caso de diarreias que demorem mais que 15 dias são necessários exames complementares como, pesquisa de sangue oculto nas fezes e coprocultura para investigação das causas e indicar o melhor tratamento.

Os divertículos são como pequenos sacos ou bolsas que podem atingir todo o cólon, mas, na maioria das vezes, se concentram na parte esquerda.
Causas:
Há grandes indícios de que a diminuição da ingestão de fibras na dieta, principalmente do início do século passado para cá, atua como forte fator de risco, além da hereditariedade, obesidade e falta de exercícios físicos.
Sintomas:
É totalmente assintomática. Os possíveis sintomas surgem apenas quando há quadros de complicações da doença diverticular – dores na barriga, febre e sangramento nas fezes. O diagnóstico é feito com a colonoscopia.
Complicações da doença
– Sangramento: se apresenta de forma aguda e intensa inicialmente acompanhando a evacuação e depois sozinho.
– Sintomas como febre, dores abdominais ininterruptas, mal estar geral e parada no funcionamento normal do intestino. Esse quadro configura a diverticulite. É importante frisar que o paciente que apresentar esse sintomas deverá buscar atendimento médico imediato.

Doença Inflamatória Intestinal (DII) é uma denominação utilizada para duas doenças distintas: a Doença de Crohn e a Retocolite Ulcerativa.

As Doenças Inflamatórias Intestinais afetam mais frequentemente jovens entre 20 e 40 anos. Entretanto, observa-se uma maior incidência da doença também em pacientes acima dos 55 anos. Não se sabe exatamente a causa, mas sabemos que ocorre um desequilíbrio na resposta imunológica em nível intestinal, o qual leva a um processo inflamatório crônico do aparelho digestivo.

Doença de Crohn

A Doença de Crohn é uma doença que cursa com inflamação em uma ou mais regiões do tubo digestivo. Pode acometer desde a boca, esôfago, passando pelo estômago, intestino delgado e grosso. A região mais comumente envolvida é o final do intestino delgado e o início do intestino grosso, também chamada de região ileocecal. Comumente gera diarreia e dor abdominal, podendo levar a ocorrência de estreitamentos (estenoses), fístulas (comunicação entre alças intestinais ou com outros órgãos) e abscessos. A evolução da doença e o atraso no inicio do tratamento correto muitas vezes leva a complicações que acabam em necessidade de cirurgia. Como a Doença de Crohn frequentemente envolve o intestino delgado, que é o local de absorção de nutrientes e vitaminas, os pacientes podem apresentar diversas deficiências nutricionais e de vitaminas, as quais devem ser avaliadas e corrigidas. A correta avaliação e diagnóstico, bem como a pronta instituição de tratamento eficaz são medidas de extrema importância para o seguimento de longo prazo da doença, prevenindo as suas complicações.

Retocolite Ulcerativa

A Retocolite Ulcerativa é uma doença crônica que afeta o intestino grosso em sua camada mais superficial: a mucosa.  O processo inflamatório pode afetar tão somente o reto (segmento mais próximo ao ânus) ou até mesmo todo o intestino grosso. Os principais sintomas são a diarréia, a perda de sangue e muco pelas fezes e a dor abdominal. Quando a inflamação não é bem controlada, crises graves podem ocorrer, gerando a necessidade de internações hospitalares e, em casos muito graves, a retirada de todo o intestino grosso pode ser necessária.

O início dos sintomas é usualmente gradual. A intensidade dos sintomas pode ser leve, com quatro ou menos evacuações diarreicas ao dia, com ou sem sangue, até mais do que 10 evacuações por dia, com grande comprometimento da qualidade de vida.

Os pacientes podem ter sintomas sistêmicos como febre, fadiga, anemia, dores articulares e perda de peso, sintomas que podem ocorrer tanto na Doença de Crohn como na Retocolite Ulcerativa.

É a comunicação entre dois lugares que não deveria existir. Normalmente, se dá de uma região onde existem glândulas dentro do canal anal com a pele da região perianal.

Causa 

Obstrução nas glândulas na região anal com formação de um abcesso com secreção

Sintomas 

– Saída de secreção da região perianal

– Umidade

– Secreção na roupa íntima

– Dor local

– Sensação de saliência ou volume

– Acúmulo de secreção com calor

Diagnóstico 

Exame físico proctológico

Tratamento

A técnica para eliminar a fístula é sempre cirúrgica e visa a preservação do esfíncter anal. Quanto mais distante da borda do ânus, mais músculos são comprometidos. Isso determina o tipo de cirurgia e serão necessárias mais etapas.

Um problema comum, muitas vez confundido com hemorroida, é a fissura anal. Ela atinge adultos jovens e se caracteriza por um corte ou ruptura da mucosa do canal anal. Os pacientes sentem dor ao avacuar e há presença de sangramento. Além disso, coceira e inchaço também podem surgir.
Trauma na região, dificuldade para evacuar e diarreia estão entre as causas da fissura. Doenças como retocolite ulcerativa, doença de Crohn, tuberculose e doenças sexualmente transmissíveis, além do câncer também podem estar ligadas às lesões. O médico proctologista lhe orientará sobre questões dietético, higiênicas importantes e o uso de pomadas.

Doenças como Diabetes, histórico de derrame, traumas ou cirurgias na região do ânus e genitais estão entre as condições que favorecem a incontinência fecal.
A incontinência fecal se caracteriza por uma dificuldade em controlar a eliminação de gases, fezes ou ambos.
O coloproctologista é o medico que habitualmente conduz o tratamento para esta condição.

Surge depois que os pacientes percebem alguma alteração na região anal. Porém, existem outros problemas que afetam a área. Nem sempre dor, sangramento e saída de secreção é hemorroida.

Atenção – não existe um sintoma de hemorroida, que afinal todos temos. Esse é nome dos coxins vasculares internos e externos do canal anal.

É importante passar pelo especialista para fazer uma avaliação porque os sintomas podem ser da região perto do ânus ou no intestino – cólon e reto – e confundir com hemorroidas .

O paciente pode apresentar sangramento, sensação de volume, dificuldade para evacuar e até ser assintomático. Se o diagnóstico for confirmado, o coloproctologista vai indicar quais mudanças de hábitos devem ser feitas para evitar a piora do quadro.

A síndrome do intestino irritável pode ter várias apresentações, tais como diarreia, constipação, distensão abdominal, dor abdominal ou até mesmo uma associação destes sintomas.
A avaliação do médico gastroenterologista é primordial, devido ao fato de que para se fazer o diagnóstico é necessária a exclusão de outras causas para os sintomas.
Na síndrome, após exaustiva avaliação clínica, endoscópica e laboratorial, não se identifica nenhum fator desencadeante orgânico, como o câncer ou as doenças inflamatórias do intestino. No tratamento são utilizados medicamentos, orientação nutricional e até mesmo avaliação e acompanhamento psicológica, visto que a maioria dos pacientes com intestino irritável podem apresentar transtornos de ansiedade ou depressão.

Os sintomas mais comuns do Câncer Colorretal são: anemia, hemorragias e perda de peso. O tratamento é, sempre que possível, cirúrgico. Os tumores começam na parte do intestino grosso chamada cólon e no reto (final do intestino, imediatamente antes do ânus) e ânus. Grande parte deles inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino. A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer.

Coceira, acompanhada da presença de verrugas genitais/anais/ perianais ( condilomas) estão entre os principais sintomas da doença. A ausência completa de sintomas, com a identificação de lesões apenas em exames de rotina, também é comum.
O HPV ( papiloma vírus humano) é considerado uma doença sexualmente transmissível. Nas mulheres este vírus é o principal fator implicado no câncer de colo do útero e vulva e nos homens, do câncer de pênis. Em ambos os sexos, pode acarretar câncer de canal/margem anal.
Por todos estes fatores, é importante realizar acompanhamento médico de rotina e não ignorar a prevenção.

Você sabia que o câncer colorretal é o segundo mais incidente nas mulheres (após mama) e o terceiro nos homens (após próstata e pulmão)? Alem disso, conforme as estatisticas do INCA, esta incidencia é ainda mais elevada no Rio Grande do Sul e particularmente em Porto Alegre. Em funçao destes dados, a Sociedade Brasileira de Coloproctologia quer chamar a atenção da população para a prevencao do cancer colorretal atraves da campanha setembro verde.
Entre os fatores de risco para a doença estao: o consumo elevado de carnes vermelha ( particularmente de carnes processadas ou embutidas), o tabagismo, idade maior que 50 anos, historia familiar de cancer colorretal, a baixa ingestao de fibras, a obesidade, o sedentarismo e o consumo em excesso de bebidas alcoólicas.
A prevençao mais efetiva é realizada atraves do controle dos fatores de risco e através da colonoscopia com a remoção dos pólipos. Na maioria dos casos, os pólipos são as lesões que dão origem ao câncer colorretal. De uma maneira geral, todos nós (homens e mulheres) devemos nos submeter a uma colonoscopia aos 50 anos. Aqueles pacientes que possuem historia familiar de câncer colorretal em parentes de primeiro grau, devem realizar a colonoscopia 10 anos antes que seu familiar recebeu o diagnostico da doença.
Se você possui mais de 50 anos, história familiar de câncer colorretal ou sintomas como sangramento ao evacuar, anemia ou mudança no formato e frequência das fezes, agende uma consulta com um médico Coloproctologista.